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Dos pesares

Existem pesares que carregamos pelo resto da vida. Doem como ferro em carne viva. Por mais que tentemos esquecê-los teimam em ficarem escondidos e latentes dentro da gente. Não existem remédios, nem existem fórmulas ou curas milagrosas para sanarem o estrago. O coração sangra, a alma padece, mas o mal já está feito. Só existem duas opções: ficar ruminando, se destruindo por dentro, desistir da vida ou levantar a cabeça, respirar fundo e seguir adiante.  Livre, leve e solta... mesmo que as lágrimas te aflorem aos olhos.
Não dá pra suportar a indiferença de quem te cativa e que depois mostra uma face que até então desconhecíamos. É terrivelmente doloroso em muitos casos e só o nosso amigo, aquele chamado tempo é o que abranda tudo. Cada dia é mais difícil confiar no ser humano. Ainda mais pelo fato de eu ser tão intensa e me atirar de cabeça...
Coincidência ou não, a Carla Farinazzi coloca muito bem o tema das relações humanas, dos fracassos e das decepções nesse post.  Vale à pena conferir.
Essa semana vi o filme Becoming Jane, com Anne Hathaway, sobre a vida de Jane Austen autora de Sense and Sensibility (Razão e Sensibilidade) e Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito). No inicio achei um pouco monótono, mas depois a história fica mais interessante, pois retrata uma jovem ousada para a época em que viveu e que, para os costumes de então, não era de “bom tom” ser escritora.


As minhas inspirações muitas vezes nasceram dos meus desgostos, mas também das minhas alegrias.

As letras são um bálsamo para mim. São um grito de alerta: seja lendo ou escrevendo.

Viver é o mais raro...

Como diz o Lenine nessa belíssima canção:

A vida é tão rara...

Mas a vida não para...


Paciência
Composição: Lenine e Dudu Falcão

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida é tão rara...




Feliz dia! 
"Plágio é crime: Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998". 
Todos os direitos reservados.

3 Peles comentaram:

ArteSã Blog disse...

Oi Paula...

Li seu comentário e fiquei com o coração apertado. Não perguntarei o que acontece com você. É livre para calar ou dizer. Mas estou aqui. Se precisar... E mesmo se NÃO precisar.

Mil beijocas,
Si
ArteSã Blog - Simone Salles
http://artesablog.com.br

Cris Medeiros disse...

Tenho vivido uma fase de fracassos e decepções. Quero muito que isso passe, mas enquanto não passa fica o aperto no peito.

Obrigada pela sua visita e desculpe-me a demora em retribuir!

Beijocas

Carla Farinazzi disse...

Oi Paulette,

Sinto uma sintonia entre a nós, sabe? De sentimentos e talvez de fases da vida... De formas de pensar também, e isso é muito bacana. Gosto muito de ler o que você escreve, sempre sinto muito forte o que leio aqui.
Obrigada pela citação, minha querida, você é extremamente gentil!
Amo essa música do Lenine!

Beijos, força!

Carla

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